sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Farofa nova no hard

Eu bem que tentei esperar a vontade de falar sobre o Steel Panther passar. Voltei para os meus discos do Whitesnake, do Cult, do Mr. Big, mas não adiantou: a coceirinha que me pedia para ouvir novamente o álbum Feel the Steel voltava e era insuportável.

Trata-se de um quarteto de Los Angeles que já havia lançado discos sob os nomes Danger Kitty, Metal Skool e Metal Shop. Desistiram de chamar a atenção da mídia com aquele hard oitentista “habitual”, e partiram para a execução de algo que acabou por dar muito certo (ao menos em termos comerciais). Os caras se rebatizaram mais uma vez e lançaram Feel the Steel, álbum de estreia do Steel Panther, sob o selo da (pasmem) Universal.

A banda é uma paródia exagerada das bandas de hard rock (ou hair metal, se você preferir) dos anos oitenta. O que chama a atenção é que os músicos são excelentes, e o álbum muitíssimo bem produzido. Fazia um tempão que não aparecia uma banda nova de hard que me agradasse (acho que desde o Darkness), e o Steel Panther supriu muitíssimo bem esta lacuna.
Quem já conhece o grupo refere-se a ele em primeiro lugar em razão das letras, que são podres. Podres MESMO. Não vou transcrever nenhum trecho aqui por medo de o blogger restringir o acesso ao site. Se ficou curioso, google it.

O disco tem passagens que remetem (propositalmente) a Van Halen, Bon Jovi, Extreme, W.A.S.P., Mötley Crüe e a outras pérolas. Os primeiros singles foram Death To All But Metal (rápida e forte) e a power-ballad Community Property (ambas com vídeos engraçadíssimos cujos links coloquei mais abaixo).

Aprovei quase todas as faixas, mas escolhi “Party All Day (Fuck All Night)” para postar. Qualquer semelhança com Bon Jovi nos primeiros compassos não deve ser coincidência. Destaque para a participação de Justin Hawkins (The Darkness, Hot Leg) nos vocais. Refrão simples, certeiro e grudento.



O Steel Panther caminha sobre uma tênue linha que divide o interessante e o ridículo. De minha parte, digo que gostei bastante, sem nenhum medo de ser apedrejada pelos mais puristas. Outros podem achar que as piadas foram longe demais, mas não creio que seja o caso. Quando a crítica profissional desceu o pau, foi por causa do teor das letras, nunca em razão do som, que não é novo, mas é muito divertido!

* Death To All But Metal: http://www.youtube.com/watch?v=M5tl2_K-d-g
* Community Property: http://www.youtube.com/watch?v=YxRQqqVzRLg

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