terça-feira, 29 de dezembro de 2009

Receita de ano novo

Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas (a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)

Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.

Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre.

Carlos Drummond de Andrade

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Este NÃO é um texto de Verissimo!

Quero lançar meu protesto (e um alerta) quanto a certa praga literária que vem se alastrando desde o irrompimento da internet.

Falo de certos textos enviados por e-mail por quem os julga “geniais” e que vêm atribuídos a escritores famosos, embora não sejam eles os autores. Quem nunca os recebeu? Para ilustrar, até fiz uma busca na minha caixa de entrada, e lá estavam eles: os escritos desta casta quase sempre falam sobre amor, sexo, valores modernos e outras baboseiras do gênero. A internet facilita a propagação da ignorância.

As vítimas quase sempre são as mesmas: Luis Fernando Verissimo, Arnaldo Jabor, Martha Medeiros (devo dizer que não sou muito fã da última). Se minha irritação vai aumentando conforme sigo a penosa leitura destes e-mails, imagino a deles (aliás, tenho a impressão de já ter visto o Jabor reclamando a respeito em sua coluna no Jornal da Globo).

É um fenômeno curioso, afinal de contas. Parece óbvio que quem encaminha esses textos jamais leu algo autêntico dos literatos citados. Convenhamos, basta ler duas linhas para se ter vontade de chorar com o português tosco com que o verdadeiro autor tentou expor seus chavões. Não sei se as composições são imputadas a Jabor, Verissimo, Fernando Pessoa, etc. pelos escritores de fato, que não se importam em não aparecer e preferem ver seus textos com algum (falso) reconhecimento pela atribuição a personalidades da literatura, ou se eles acabam sendo alterados em algum ponto dessas correntes malditas. O que sei é que o efeito é desastroso.

Outro é o caso de textos bacanas, de autores bacanas, que são por boa ou má-fé atribuídos a escritores errados. É o caso de “Ter ou não ter namorado”, que não foi escrito por Drummond, mas por Artur da Távola. Presumo que haja pouco interesse pelo texto por parte de seu disseminador cibernético.

Num caso ou noutro, esteja alerta ao receber em sua caixa de entrada os perniciosos textinhos – e, por favor, não os repasse.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Gostei

Claro que pensei em escrever sobre o show do AC/DC, mas a tarefa ficou bem mais complexa depois do ESPETÁCULO da sexta-feira passada. Quando uma grande produção sustenta um grande show de uma grande banda, vira covardia. Não há absolutamente nada de negativo a ser dito sobre a apresentação no Morumbi.
Então, em vez de escrever um tratado sobre a epopeia Black Ice Tour, deixo o link desta resenha sobre o assunto, cujas palavras faço minhas. Ah: gostaria, apenas, de registrar que as demonstrações de loucura do público foram as mais emocionantes e plásticas que já vi - foram mais de 65 mil pessoas reagindo de modo homogêneo e constante.

* * *

Também gostei muito do último José Saramago. "Caim" reconta alguns eventos do Velho Testamento bem ao estilo do autor, que mais uma vez tenta acertar as contas com deus (escrito propositalmente com letra minúscula), agora fazendo uso do personagem-título.
Que mais vou dizer? Acho ele o máximo. Adoro o estilo de escrever, o modo de se comunicar com o leitor, o atrevimento, as picardias. Tive o imenso prazer de assistir a uma palestra de Saramago na faculdade. Acho que foi naquela ocasião que me apaixonei por ele. Não tem a ver com o fato de ele atacar a Bíblia ou nada do gênero. Divirto-me e me impressiono deveras com o simpático velhinho dono de um Nobel e de língua tão ferina.

* * *

Adoro Porto Alegre e os poucos rituais que nutro por aqui. Um deles é assistir a um bom filme no Guion Center depois de tomar um café ali mesmo. Eles têm, quase sempre, os melhores filmes.

Hoje fui conferir o novo Almodóvar, "Abraços Partidos", na sala 1 recém-inaugurada. O número de assentos diminuiu em mais da metade para dar lugar a poltronas largas, fofas, confortabilíssimas e - vejam só que legal! - com pufes individuais para esticar as canelas e apoiar os pés. Achei demais. E olhem que o valor do ingresso continua o mesmo (R$ 12,00 nos finais de semana).

Sempre chego cedo para escolher meu lugar com calma. Fico nervosa se estou com o horário apertado e, se estiver sozinha numa situação assim, prefiro nem comprar ingresso. Nem preciso dizer que DETESTO retardatários.

Então, como de hábito, entrei na sala assim que ela foi liberada. Deu até pra tirar um cochilo de dez minutos antes do filme. A fila onde me sentei estava quase cheia (com um lugar ao meu lado e outro na ponta) e os trailers já rodavam quando chegou um casal pedindo que eu me mudasse para a poltrona que sobrou lá no cantinho da fila para que eles, par de retardatários, pudessem se sentar juntos. Não saí. Depois fiquei me perguntando se não tinha agido como uma idiota, mas devo dizer que essa sensação não durou muito tempo: afinal, eu tinha saído de casa cedo e me programado exatamente para poder me instalar em um assento centralizado. Que culpa tenho eu se as pessoas não se organizam?

Ao filme, enfim. É um belo exemplar de obra almodovariana. Muita psicologia, muitas cores, amores passionais. Não há tanto drama(lhão) quanto em "Fale com Ela" e "Carne Trêmula". O roteiro é bastante bem engendrado e consegue prender o espectador integralmente. É um bom entretenimento, o que já vale a recomendação.

* * *

"Só podemos emitir opiniões imparciais sobre coisas que não nos interessam - eis por que uma opinião imparcial carece de qualquer valor."

- Oscar Wilde (Gilbert, em "O Crítico como Artista"; 1891)

terça-feira, 24 de novembro de 2009

Faltam 3 dias!



FOR THOSE ABOUT TO ROCK...



















...WE SALUTE YOU!

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Algernon: Espero que amanhã faça um dia bonito, Lane.
Lane: Nunca faz, senhor.
Algernon: Lane, você é um verdadeiro pessimista.
Lane: Faço o possível para agradar, senhor.

(Oscar Wilde - A importância de ser prudente, 1895)

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

Singelo registro do melhor show de 2009 em Porto Alegre. Por haver muito a ser dito, não há o que falar além disso.


Foto: Fabiana Menine (Poashow)

sexta-feira, 6 de novembro de 2009

Farofa nova no hard

Eu bem que tentei esperar a vontade de falar sobre o Steel Panther passar. Voltei para os meus discos do Whitesnake, do Cult, do Mr. Big, mas não adiantou: a coceirinha que me pedia para ouvir novamente o álbum Feel the Steel voltava e era insuportável.

Trata-se de um quarteto de Los Angeles que já havia lançado discos sob os nomes Danger Kitty, Metal Skool e Metal Shop. Desistiram de chamar a atenção da mídia com aquele hard oitentista “habitual”, e partiram para a execução de algo que acabou por dar muito certo (ao menos em termos comerciais). Os caras se rebatizaram mais uma vez e lançaram Feel the Steel, álbum de estreia do Steel Panther, sob o selo da (pasmem) Universal.

A banda é uma paródia exagerada das bandas de hard rock (ou hair metal, se você preferir) dos anos oitenta. O que chama a atenção é que os músicos são excelentes, e o álbum muitíssimo bem produzido. Fazia um tempão que não aparecia uma banda nova de hard que me agradasse (acho que desde o Darkness), e o Steel Panther supriu muitíssimo bem esta lacuna.
Quem já conhece o grupo refere-se a ele em primeiro lugar em razão das letras, que são podres. Podres MESMO. Não vou transcrever nenhum trecho aqui por medo de o blogger restringir o acesso ao site. Se ficou curioso, google it.

O disco tem passagens que remetem (propositalmente) a Van Halen, Bon Jovi, Extreme, W.A.S.P., Mötley Crüe e a outras pérolas. Os primeiros singles foram Death To All But Metal (rápida e forte) e a power-ballad Community Property (ambas com vídeos engraçadíssimos cujos links coloquei mais abaixo).

Aprovei quase todas as faixas, mas escolhi “Party All Day (Fuck All Night)” para postar. Qualquer semelhança com Bon Jovi nos primeiros compassos não deve ser coincidência. Destaque para a participação de Justin Hawkins (The Darkness, Hot Leg) nos vocais. Refrão simples, certeiro e grudento.



O Steel Panther caminha sobre uma tênue linha que divide o interessante e o ridículo. De minha parte, digo que gostei bastante, sem nenhum medo de ser apedrejada pelos mais puristas. Outros podem achar que as piadas foram longe demais, mas não creio que seja o caso. Quando a crítica profissional desceu o pau, foi por causa do teor das letras, nunca em razão do som, que não é novo, mas é muito divertido!

* Death To All But Metal: http://www.youtube.com/watch?v=M5tl2_K-d-g
* Community Property: http://www.youtube.com/watch?v=YxRQqqVzRLg

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Virtuosismo, feeling e improviso

Porto Alegre teve a satisfação de assistir, no último domingo, no Teatro do Bourbon Country, ao excelente jazzista cubano Arturo Sandoval e ao quinteto formado pelos exímios músicos Manuel Valera (piano), Dewayne Pate (baixo), Philbert Armenteros (percussão) e Charles McNeill (saxofone).

Vencedor de 4 Grammys, 6 Billboard Awards e 1 Emmy Award, Arturo, que até certo ponto da carreira só podia apresentar-se fora de Cuba se autorizado por Fidel Castro, radicou-se nos Estados Unidos há cerca de 20 anos, onde iniciou parceria com seu mentor Dizzy Gillespie.

Arturo impressionou o público arrancando notas agudas e gravíssimas de seu trompete em um único fôlego, além de demonstrar seu já conhecido domínio do piano e do flugelhorn. O multi-instrumentista, que passou o show inteiro sem beber um só gole d’água, brincou nos teclados, na percussão e nos vocais, onde mostrou ser um brilhante scat singer.

O repertório foi o que se pode chamar de “best of” de sua carreira, com predominância do jazz latino e do bop, perpassando baladas, releituras e passagens de clássicos (como Smoke Gets in Your Eyes e O Fantasma da Ópera) e músicas de gênero mais pulsante, como a rumba. Ao final de cada número notava-se a entusiasmada resposta do público que compareceu em ótimo e surpreendente número ao espetáculo que teve noventa minutos de duração.

Arturo Sandoval é um gigante que traduz sua genialidade em um jazz forte, vibrante e nada tedioso ao se divertir nos registros mais altos de seu trompete.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Be be bop bop

Acho que o final de semana vai ser bem movimentado. O calor deve ajudar as pessoas (entre as quais me incluo) a se animarem a colocar o nariz na rua. Vontade imensa de chacoalhar o esqueleto.


Mas o assunto é o Grenal, logicamente. Não poderei ir ao Beira-Rio desta vez, já que estarei me preparando para assistir ao jazz de Arturo Sandoval, no Teatro do Bourbon Country. Postarei a resenha aqui na segunda-feira.

Bom fim-de-semana. =)

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Whiplash

O post abaixo foi também publicado no Whiplash.net.
Link: http://whiplash.net/materias/shows_users/097143-livingcolour.html

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Still Vivid

Fiquei sabendo do show do Living Colour de última hora. Pensei um milhão de vezes “vou ou não vou?” – a idade pesando, talvez. Previsão de temporal, preguiça, falta de parceria, essas coisas. Resolvido o problema da companhia, fui comprar meu ingresso (que custou módicos R$ 50,00). Pô, eu estava me esquecendo do quanto gosto dessas funções de show de rock and stuff.

Pois então. Eu sabia que seria um BAITA show (considerando o background dos caras e o álbum recém-lançado, The Chair in the Doorway, um dos top 3 de 2009), mas ainda assim fui surpreendida por tudo o que vi e ouvi. Foi tão bom, mas TÃO BOM que fica difícil escrever alguma coisa aqui, mas também por isso não pude deixar passar em branco.



Tentando resumir bem resumidinho, eu diria que foi um paredão black de rock pesado, com muitas fusions envolvendo soul, funk, jazz, hip hop, hard rock e metal – característica da banda, como sabemos. Músicos excelentes em presença, feeling, virtuosismo (nunca tinha visto palhetada sequer parecida com a do veloz Vernon Reid), simpatia, carisma, bom gosto e muita comunicação com o público. Estavam visivelmente muito felizes, mas não mais que nós, a plateia risivelmente boquiaberta. Tocaram músicas de todos os álbuns e ainda nos deliciaram com covers pesadíssimos de Papa Was a Rollin’ Stone, Hound Dog e Should I Stay or Should I Go. Registro, ainda, o solo de bateria mais divertido que já testemunhei, com o Opinião às escuras e apenas as pontas luminosas e multicoloridas das baquetas de Will Calhoun riscando o ar.

A certa altura, o excelente-carismático-muito em forma baixista Doug Wimbish desceu do palco e se juntou aos babões de plantão, tirando solos que pareciam vir de uma guitarra. Daria um belo mosh ao final do show que teve 2h de duração (e mais 20min de bis), e que seria seguido de uma sessão de fotos e autógrafos na entrada no bar.

Em suma: o Living Colour e seu novo disco (que não tem sequer uma faixa meia-boca) merecem muito mais atenção do que as bandas “modernas” desse mundinho hype repetitivo. Yo!

Blog Action Day '09: Climate Change

É hoje o Blog Action Day, dia em que os blogs participantes lançam seus posts sobre o assunto escolhido para a data: climate change (www.blogactionday.org). Achei a ideia muito bacana e me inscrevi. Agora preciso escrever sobre o tema.

A preservação do meio ambiente é algo que despertou meu interesse relativamente cedo, quando eu tinha uns 9 ou 10 anos. Fiz um “clubinho” na vizinhança, do qual participava a piazada que me ajudava a (tentar) conscientizar os adultos das coisas que devíamos fazer e evitar para que o planeta não se exaurisse por conta da raça humana. Lembro que na época a palavra ecologia estava na crista da onda.

Afiliei-me ao Greenpeace com doze anos, e contribuo com a organização mensalmente até hoje. Acho incrível o trabalho deles, que consiste em falar pouco e fazer muito. Dão a cara a tapa, muitas vezes até mesmo colocando suas vidas em risco.

Assim, como a grata tarefa é escrever sobre o clima, vou pegar carona no trabalho do Greenpeace. O site é muito bacana – recomendo.

"Qualquer pessoa pode sentir na pele que algo anda errado com o clima. A garoa anda sumida de São Paulo. No Sul do Brasil, chuvas intensas têm se alternado com períodos de seca extrema. Na Amazônia, a regularidade do regime de chuvas agora é marcada pela instabilidade. No resto do mundo, geleiras estão derretendo e furacões e tufões ficando mais intensos e frequentes. O aumento do calor é mais do que uma sensação. É uma constatação científica. Entre 1998 e 2007, ocorreram sete dos dez anos mais quentes registrados desde 1850. Com a temperatura média mais alta, a capa de gelo do Ártico perdeu cerca de 30% da superfície que tinha ao fim da década de 70. A subida dos termômetros e o derretimento da calota polar coincidem com o aumento da concentração de CO2 na atmosfera. Em 1950, ela era de pouco menos de 280 partes por milhão. E pelas estimativas da Nasa, em 2009, pode chegar a 390 partes por milhão. Em condições naturais normais, isto é, sem a contribuição humana, esse grau de concentração levaria 5 mil anos para acontecer.

Causas das mudanças climáticas: pouco é frio, muito é quente demais


O gás carbônico (CO2) misturado ao vapor d’água (H2O), outros gases como o metano e os CFCs formam uma grande 'sopa' gasosa que aprisiona a radiação solar, esquentando a Terra. Esse fenômeno é conhecido como 'efeito estufa'. Em condições normais, ele é fundamental para manter a vida no planeta. A questão é que, como diz o ditado, tudo o que é demais, faz mal.
Apesar de parecer complicado, a lógica da atmosfera pode ser entendida de maneira bem simples: pouco carbono, menos radiação armazenada, menos calor; muito carbono, mais radiação aprisionada, mais quente a Terra. Nos últimos 150 anos, os seres humanos têm alterado a proporção desses gases de forma muito acelerada. Essa transformação se dá principalmente de duas formas.


O subsolo estoca, há milhões de anos, carbono em forma de petróleo, carvão mineral e gás natural, os chamados combustíveis fósseis. Essas substâncias são restos de grandes florestas do passado (no caso do carvão) e de outros compostos orgânicos (o petróleo) que, ao longo dos milênios, foram soterrados e se modificaram quimicamente. Quando estes combustíveis são queimados para gerar energia e alimentar nossos carros, casas e fábricas, esse carbono volta à atmosfera.

A outra forma de alterar a sopa gasosa que nos envolve é liberando os estoques de carbono aprisionados nos ecossistemas terrestres, como as florestas. As mudanças que o homem faz na terra, principalmente com o desmatamento e a agricultura, lançam no ar, por apodrecimento ou queima, o carbono guardado nas plantas e no solo. A agricultura é responsável ainda pela liberação de outro gás-estufa: o metano, 21 vezes mais potente que o gás carbônico quando o assunto é retenção de calor." (adaptado de www.greenpeace.org/brasil)

Todos sabemos o que fazer. ;)

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Buena onda!

Anteontem fez 1 ano do show do Mötley Crüe em Buenos Aires. Vânia e Roxy me receberam exemplarmente, como de costume.

O show foi ótimo, mesmo com todo aquele dilúvio. Nossa, e põe dilúvio nisso. Aliás, era um legítimo temporal, com direito a ventania e a chuva (frontal!) gelada. Inesquecível por isso e por outros detalhes.

Era véspera da minha mudança para São Paulo, e este foi um elemento emocional que deu um ar mais dramático a tudo o que vivi naqueles dias. Aprendi muitas coisas, mas, no fim das contas, as boas lembranças e as risadas daí decorrentes se sobrepõem a qualquer chateação - e estou certa de que a galera toda que embarcou nesta viagem compartilha da minha opinião. Lots of fun, after all. ;)

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Amor


Acabo de ouvir o último álbum de estúdio do Echo & The Bunnymen, “The Fountain”, a ser lançado no próximo dia 12. Sempre sinto um friozinho na espinha ao me preparar para uma audição inédita dos nossos amigos Ian McCulloch e Will Sergeant. Desta vez, os arrepios se multiplicaram ao longo de todas as faixas do disco que teve produção de John McLaughlin e participação (dispensável?) de Chris Martin, do Coldplay.

Já declarei neste blog meu amor pela dupla do Echo & The Bunnymen. Ian me fez chorar (in a good way) sempre que o ouvi ao vivo – e muitas vezes através do aparelho de som. Não me importa nenhum tipo de análise acadêmica sobre a banda. Aprecio o que me atinge assim, diretamente no estômago.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Feliz aniversário, Johnny



Sentimos muito a sua falta.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Chaos reigns!

Conforme havia comentado no twitter, ontem fui assistir à última aventura do diretor dinamarquês Lars Von Trier, “Anticristo”. Não pense que se trata de terror, a coisa é bem mais complexa. Sem dúvida foi o filme mais pesado que já vi, com grandes chances de manter o posto por muito tempo (o que não é, necessariamente, defeito).

O diretor, em profunda crise de depressão, passara a questionar sua capacidade de fazer filmes. Decidiu se testar, e o resultado foi “Anticristo”. Culpa, violência, agressividade, automutilação, sexo, religião e paganismo tomam a tela em proporções fantásticas e por vezes insuportáveis. Fica claro que Von Trier não está nem aí para o público. O filme não faz nenhum tipo de concessão, e inclui cenas sem finalidade lógica, conforme declarou seu próprio criador (talvez porque muitas delas baseiam-se em sonhos que o diretor teve durante a doença). Falando em concessões, recomendo (por que não?) doar cerca de R$ 10,00 e 120min à obra. Vale.

Acho Von Trier um cara brilhante. Digo isso sem olhar especificamente para seus enredos (que você pode considerar malucos demais), mas com base no modo com que ele conta as histórias, sejam elas quais forem. O que se vê é sempre uma majestosa fotografia, uma beleza “peculiar”, intrigante (no mínimo). Ele definitivamente sabe o que fazer com uma câmera na mão. A crítica não curtiu muito o filme, e houve até uns ataques de moralismo por parte de alguns jornalistas presentes em Cannes.

Não vou adentrar em mais detalhes sobre filme. O que eu queria mesmo dizer, after all, é que sempre me chama a atenção o fato de que obras de cineastas considerados “geniais” largam com vantagem tanto na corrida por uma boa quanto por uma má impressão popular. O público em geral já entra predisposto a achar ótimo (porque, afinal, o diretor é cult) ou a achar horrível (pelo mesmo motivo, e é cool ser do contra). Parece-me, também, que as pessoas têm uma tendência a achar bons filmes que não entendem. Dizem secretamente para seus botões: “Que filme doido, não entendi nada. Então deve ser bom!”. Lógico, não é regra, apenas uma impressão que resolvi registrar aqui.

Beijos, inté.

Monteiro Lobato

"O sábio na vida é usar a moderação em todas as coisas. Uma loucurinha de vez em quando tem sua graça; mas uma loucura varrida é um desastre - e acaba sempre em hospício ou gaiola."

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

domingo, 4 de outubro de 2009

Já volto para contar novidades. =)

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Van Gogh writing his brother for paints
Hemingway testing his shotgun
Celine going broke as a doctor of medicine
the impossibility of being human
Villon expelled from Paris for being a thief
Faulkner drunk in the gutters of his town
the impossibility of being human
Burroughs killing his wife with a gun
Mailer stabbing his
the impossibility of being human
Maupassant going mad in a rowboat
Dostoyevsky lined up against a wall to be shot
Crane off the back of a boat into the propeller
the impossibility
Sylvia with her head in the oven like a baked potato
Harry Crosby leaping into that Black Sun
Lorca murdered in the road by Spanish troops
the impossibility
Artaud sitting on a madhouse bench
Chatterton drinking rat poison
Shakespeare a plagiarist
Beethoven with a horn stuck into his head against deafness
the impossibility the impossibility
Nietzsche gone totally mad
the impossibility of being human
all too human
this breathing
in and out
out and in
these punks
these cowards
these champions
these mad dogs of glory
moving this little bit of light toward us
impossibly.


Charles Bukowski, Beasts Bounding Through Time, 1986

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Free Polanski!

quinta-feira, 24 de setembro de 2009

Always on my mind

"Um dos mais bonitos pedidos de desculpa já produzidos pela cultura pop foi ‘always on my mind’.

Na voz do Elvis ou dos Pet Shop Boys, aquelas simples palavrinhas têm um poder terapêutico impressionante. Poucas canções românticas conseguem trazer consigo tantos sentimentos honestos ao mesmo tempo.

Arrependimento e humildade:
Maybe I didn't treat you quite as good as I should have
Maybe I didn't love you quite as often as I could have
Little things I should have said and done and I just never took the time
Saudade e declaração de amor
Maybe I didn't hold you all those lonely, lonely times
And I guess I never told you I'm so happy that you're mine

Exposição de prioridades claras:
If I made you feel second best, girl, I'm sorry I was blind

Força de vontade e esperança de recomeço:
Tell me, tell me that your sweet love hasn't died
Give me, give me one more chance to keep you satisfied


E a confissão:
You are always on my mind

‘Always on my mind’ é a música que eu cantaria se a mim coubesse pagar o mico de cantar num karaokê, como naqueles filmes românticos em que o bar está lotado e os amigos começam a gritar o nome da gente pra ir lá na frente cantar. Ah, eu iria quebrar a perna de todos eles com minha interpretação intimista de ‘always on my mind’, e queria terminar como James Brown fazia, com um joelho no chão e cabeça baixa, transmitindo a idéia de fragilidade. Seria legal se nessa hora alguém viesse e cobrisse minhas costas com a toalha de uma das mesas enquanto aquela enxurrada de aplausos tomasse conta do ambiente.


Essa é uma daquelas canções que, se a gente fecha os olhos e imagina com força, consegue ver a cena inteira. Trata-se de alguém que machucou outro alguém e voltou para pedir desculpas, para dizer que, ao final das contas, a intenção não era fazer o mal e machucar, além de dizer que tem esperanças que as coisas ainda possam dar certo. Dá até pra sentir o toque suave da mão de quem pede desculpas acariciar a mão de quem foi machucado e está magoado.

Pedir desculpas é um gesto que exige uma reflexão interna intensa. É preciso reconhecer as feridas que a gente causou e ter humildade para externá-las. Muita gente não gosta de ver as feridas que causa nos outros, fingindo serem elas, afinal, parte da vida e que cada um tem que cuidar das suas. Não funciona assim, não.

Sempre que você puder pedir desculpas a quem ama, peça. É o amor que fez com que ela estivesse ‘always on your mind’, certo?
Termino com uma citação anônima interessante: It may be no more than a memory, but if it is a worthy one I shall not regret the price."

terça-feira, 22 de setembro de 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

"A palavra é o fio de ouro do pensamento"

Pode ser um pouco angustiante pensar em quanta coisa interessante vai passar longe dos nossos sentidos até o inexorável último suspiro. Pessoas, lugares, músicas, todo tipo de originalidade e de lugar-comum. Mas é sobre literatura que gostaria de falar.

Das artes mais “acessíveis” (muitas reticências aqui...), a literatura é a que demanda mais tempo para ser consumida. Claro que um bom disco (ou qualquer tipo de manifestação artística) pode demorar anos até ser bem entranhado, mas o primeiro contato que requer um tempo mínimo maior sem dúvida é a leitura de um livro: deve-se gastar no mínimo uma hora na chance que decidimos dar ao escritor para que prenda nossa atenção.

Nunca achei que a escolha de um volume deva ser feita ao acaso. Ao contrário: como disse, não temos todo o tempo do mundo, há muita coisa boa por aí. E sabemos como é frustrante ler um livro mal escrito. Como selecionar? O acaso deve ser desprezado, penso; a intuição, não. Pessoalmente, sigo um conselho dado pelo meu pai no início da minha vida de alfabetizada: “leia os clássicos”.

Por motivos óbvios, a leitura de um clássico tem muito menos chances de frustrar o leitor. Sobre este tema, Calvino escreveu um artigo cujos preceitos transcrevo abaixo:

1. Os clássicos são aqueles livros dos quais, em geral, se ouve dizer: "Estou relendo..." e nunca "Estou lendo...".

2. Dizem-se clássicos aqueles livros que constituem uma riqueza para quem os tenha lido e amado; mas constituem uma riqueza não menor para quem se reserva a sorte de lê-los pela primeira vez nas melhores condições de apreciá-los.

3. Os clássicos são livros que exercem uma influência particular quando se impõem como inesquecíveis e também quando se ocultam nas dobras da memória, mimetizando-se como inconsciente coletivo ou individual.

4. Toda releitura de um clássico é uma leitura de descoberta como a primeira.

5. Toda primeira leitura de um clássico é na realidade uma releitura.

6. Um clássico é um livro que nunca terminou de dizer aquilo que tinha para dizer.

7. Os clássicos são aqueles livros que chegam até nós trazendo consigo as marcas das leituras que precederam a nossa e atrás de si os traços que deixaram na cultura ou nas culturas que atravessaram (ou mais simplesmente na linguagem ou nos costumes).

8. Um clássico é uma obra que provoca incessantemente uma nuvem de discursos críticos sobre si, mas continuamente as repele para longe.

9. Os clássicos são livros que, quanto mais pensamos conhecer por ouvir dizer, quando são lidos de fato mais se revelam novos, inesperados, inéditos.

10. Chama-se clássico um livro que se configura como equivalente do universo, à semelhança dos antigos talismãs.

11. O "seu" clássico é aquele que não pode ser-lhe indiferente e que serve para definir a você próprio em relação e talvez em contraste com ele.


12. Um clássico é um livro que vem antes de outros clássicos; mas quem leu antes os outros e depois lê aquele, reconhece logo o seu lugar na genealogia.

13. É clássico aquilo que tende a relegar as atualidades à posição de barulho de fundo, mas ao mesmo tempo não pode prescindir desse barulho de fundo.

14. É clássico aquilo que persiste como rumor mesmo onde predomina a atualidade mais incompatível.

"Resta o fato de que ler os clássicos parece estar em contradição como nosso ritmo de vida, que não conhece os tempos longos, o respiro do otium humanista; e também em contradição com o ecletismo da nossa cultura, que jamais saberia redigir um catálogo do classicismo que nos interessa."

Ler os clássicos é melhor do que não ler os clássicos. Na última tentativa de sensibilizar o leitor sobre a valia do esforço, Calvino finaliza o artigo citando Cioran:

"Enquanto era preparada a cicuta, Sócrates estava aprendendo uma ária com a flauta. 'Para que lhe servirá?', perguntaram-lhe. 'Para aprender esta ária antes de morrer'".

quinta-feira, 17 de setembro de 2009

Arte moderna

Vi isso no orkut de um amigo. Legal, né? =)

terça-feira, 15 de setembro de 2009

A virginianos e piscianos

Saturno caminha para a saída, o que é alívio para muitos

- Eunice Ferrari

"Desde o dia 17 de maio deste ano, o planeta Saturno, que neste momento se encontra no signo de Virgem, começou seu movimento direto pela terceira vez, ou seja, caminha em direção à porta de saída desse signo, entrando em seguida no signo de Libra. Virginianos, piscianos, sagitarianos e geminianos, sol, lua ou ascendente sentir-se-ão aliviados com essa mudança de energia. Em 25 anos de astrologia, nunca presenciei uma estada de Saturno tão pesada como esta.

Como terapeuta, há pouco mais de dois anos (Saturno fica aproximadamente dois anos e meio em cada signo) participei quase que diariamente do sofrimento, das perdas e da depressão desencadeada por esse planeta especialmente em virginianos e piscianos. Agora, com o movimento em direção à porta de saída, Saturno vai estruturando e colocando em seu lugar, lenta e definitivamente, tudo o que foi arrancado. Certamente nada será como era, pois a grande lição que se tem a aprender em trânsitos como esse é que a vida deve ser renovada todo tempo.

O que não faz mais sentido foi arrancado e atirado longe e, quanto mais teimosa for a pessoa, mais apegada e arrogante em não aceitar as mudanças da vida, mais difícil o transito se torna. Ficar preso em emoções do passado apenas intensifica e prolonga os momentos de dor. Neste momento em que fica apenas o que de fato vale a pena, é importante estar atento para todas as oportunidades de reconstrução que essa despedida de Saturno traz. Sim, porque elas virão aos montes.

O símbolo de Saturno é o de uma caveira com sua foice, pois Saturno tem tudo a ver com os processos de morte e renascimento. Como não existe nascimento sem dor, é através dela que aprendemos as lições que este pai severo tem a nos ensinar. Saturno é Chronos, o Senhor do Tempo e, necessariamente, em trânsitos como este aprendemos a suportar a impotência, a tolerância e a profunda paciência. Aprendemos através de duras lições que nossa vontade é bem limitada quando o Universo decide nos dizer "não". Afinal, quase nada chega quando queremos, mas quando deve chegar.

Impotência, limite, frustração, desespero, depressão, mas também organização, disciplina, rigor, severidade, todas essas qualidades são desenvolvidas através das lições de Saturno. A partir de outubro, nosso mestre sai de Virgem, retornando brevemente em meados de abril do próximo ano. Mas librianos, arianos, cancerianos e capricornianos, sol, lua ou ascendente não precisam ficar muito preocupados, pois Saturno é o segundo regente de Libra e por isso sua passagem por esse signo não fará um estrago tão grande quanto ele fez estando em Virgem.

Com Saturno em Libra os relacionamentos passam por uma espécie de transformação profunda que vai mexer intensamente com a maneira pela qual todos estamos nos relacionando. Se é que podemos dizer que estamos de fato nos relacionando. Os medos da entrega e do encontro com o amor profundo virão todos à tona e, no final, que sempre é feliz, poderemos presenciar muitos casais felizes e realizados no encontro com uma nova forma de amar. A vida segue em frente sempre, independente de nossa vontade e no tempo que ela mesma determina. Portanto, só nos resta aprender a dançar no mesmo ritmo e tempo que ela."

segunda-feira, 14 de setembro de 2009

Ghost

Patrick Swayze morreu hoje. Que coisa.

O famosíssimo Ghost foi um filme que não me impressionou muito na época, ao contrário de Dirty Dancing. Assisti no colégio. Estava na quinta série. Quem rodou a fita pra gente foi a Patrícia, ótima professora de inglês e português.

Fiquei vidrada em tudo: na trilha, nos personagens, nas cores. Mas foi a história de amor que me pegou pelo estômago. Percebi que o que via no televisorzinho velho das freiras coincidia com uma idealização de amor romântico que eu nem sabia que tinha começado a construir. A música que postei abaixo (She's like the wind) ilustra bem o clichê (e daí que é clichê?) da mulher que quer ser tomada pela mão e ouvir que tudo vai dar certo.

Será que o velho fetiche do amor eterno atrapalha a vida real?

quinta-feira, 10 de setembro de 2009

Em tempo

Acabei de ficar sabendo que a razão pela qual o Gilbert tem usado fones gigantes nos shows do Mr. Big é a perda de cerca de 60% da audição em um dos ouvidos. Ok, shame on me.

quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Stoned?

Oliver Stone (diretor que nunca engoli, aliás) sempre gostou de, digamos, "adaptar" fatos históricos a seus filmes, mas desta vez ele foi longe, bem longe.

Os leitores já devem saber do que falo. No novo documentário South of the Border, Stone mostra o presidente venezuelano Hugo Chávez como herói. Ele também anda defendendo o ditador em todas as entrevistas.

Lamentável para o cinema, para a política e para o público no mínimo medianamente inteligente.

terça-feira, 8 de setembro de 2009

Biggies

Melhor preparar o cofrinho, há promessas de shows interessantes para breve.

O AC/DC está quaaase confirmado para Buenos Aires, ao menos. A informação da produtora argentina responsável (PopArt) é de que os shows serão nos dias 2, 4 e 6 de dezembro, no habitual Monumental de Núñez. Fala-se em um possível agendamento de Porto Alegre, do que infelizmente duvido. Por ora, nada consta do site oficial da banda.

Com disco (caça-níqueis) "novo" e reunion, o Mr. Big deve aparecer por terras sul-americanas no início do ano que vem. Muito promissor.

Falando neles, não sei quando a música Next Time Around foi composta, mas foi lançada há pouco com o tal disco novo. Fiquei surpresa e feliz com a fidelidade ao estilo da virada dos anos 80/90. Já a outra faixa inédita (Hold Your Head Up) é sofrível, não nada a ver com o Mr. Big que conhecemos. Ou fui eu que não entendi.



Claro que todo mundo notou, mas sou obrigada a dizer que o corte de cabelo do Eric Martin é terrível (e vejam que eu nunca reparo nessas coisas). Sobre o Gilbert, andei vendo umas fotos de um show recente em que ele aparece tocando com FONES DE OUVIDO. This is NOT ok, man... =/

terça-feira, 1 de setembro de 2009

Meus gostos nunca foram exatamente regulares. Tenho fases. Fases em que gosto de uma coisa e fases em que não gosto da mesma coisa. Claro que algumas preferências tendem a não mudar. Por exemplo, quem não gosta de gim (como eu), provavelmente nunca vai passar a gostar.

Vez ou outra, gosto de ficar deitada na minha cama, imóvel e em silêncio. Fiz isso ontem por cerca de 3h, e vários desses meus “gostos potencialmente perenes” se tornaram claros. Vou listá-los (adoro listas) para me lembrar das coisas que eu deveria fazer mais frequentemente. Aproveito para listar o que jamais apreciarei (para lembrar do que fugir).

Gosto de:

* Padaria + livro + café com leite + torrada
* lírios brancos
* ônibus + mp3
* anoitecer
* cafuné
* caminhar pelo bairro (de preferência à noite)
* sair vitoriosa de um Beira-Rio lotado
* receber mensagens de madrugada
* chegar do trabalho na sexta-feira e ligar o som bem alto
* conversar com velhinhos
* suavidade e força intercalados (...)


Detesto:

* ser acordada bruscamente
* gente blasé
* passarinhos cantando antes do amanhecer
* aperto de mão flácido
* ser deixada falando sozinha (mesmo que “virtualmente”)
* repetir
* glacê duro e açucarado
* barulho intermitente
* miguxês (a supressão dos acentos e a substituição de “qu” por “k” me dá náuseas)
* baba na orelha.

Have a nice day.

quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Calorzim

As estações mais quentes vêm dando sinais, e com elas todo tipo de excrescência começa a aparecer por aí.

Alças de sutiã feitas de silicone são, sim, uma excrescência, um exponente do mau gosto. Nem adianta dizer que "é para não aparecer" porque aparecem mesmo, e são tenebrosas. Usem Lib, alças mais trabalhadas, sei lá, qualquer coisa é melhor que aquele suorzinho que gruda na dita alça de plástico. Estamos falando do cúmulo da breguice, junto com a manicure "francesinha" (o nome já é ridículo), luzes listradas (thanks for that one, sis), tamancos com plataforma de madeira e o trio sapatos-cinto-bolsa combinando.

Falando em calor, I'm going out for a beer.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

Mutatis mutandis

introspecção big time - respeitando e observando minhas reações e sensações - só sei que nada sei - as águas paradas são profundas, ninguém faz ideia do que se passa por lá - decidindo em que m**** de lixo colocar as certezas que eu tinha até hoje - parem de prejulgar, seus idiotas - don't go away mad, just go away - amadurecendo decisões bombásticas

(a reminder to self)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Para entender (?) o rock

Piadinha clássica.

"No alto do castelo, há uma linda princesa - muito carente - que foi ali trancada, e é guardada por um grande e terrível dragão..."

METAL MELÓDICO:
O protagonista chega no castelo num cavalo alado branco, escapa do dragão, salva a princesa, fogem para longe e fazem amor.

TRUE METAL:
O protagonista chega no castelo e vence o dragão em uma batalha justa usando uma espada. Banhado no sangue do dragão, transa com a princesa.

THRASH METAL:
O protagonista chega no castelo, duela com o dragão, salva a princesa e transa com ela.

HEAVY METAL:
O protagonista chega no castelo numa Harley-Davidson, mata o dragão, enche a cara de cerveja com a princesa e depois transa com ela.

FOLK METAL:
O protagonista chega acompanhado de vários amigos e duendes tocando acordeon, alaúde, viola e outros instrumentos estranhos. Fazem o dragão dormir depois de tanto dançar e vão embora sem a princesa, pois a floresta está cheia de ninfas.

VIKING METAL:
O protagonista chega em um navio, mata o dragão com um machado, assa-o e o come. Estupra a princesa, pilha o castelo e toca fogo em tudo antes de ir embora.

DEATH METAL:
O protagonista chega, mata o dragão, transa com a princesa, mata-a e vai embora.

BLACK METAL:
Chega de madrugada, dentro da neblina. Mata o dragão e o empala em frente ao castelo. Sodomiza a princesa, a corta com uma faca e bebe o seu sangue em um ritual até matá-la. Depois descobre que ela não era mais virgem e a empala junto com o dragão.

GORE:
Chega, mata o dragão. Sobe no castelo, transa com a princesa e a mata. Depois transa com ela de novo. Queima o corpo da princesa e transa com ele de novo.

SPLATTER:
Chega, mata o dragão, abre-o com um bisturi. Sodomiza a princesa com as tripas do dragão. Abre buracos nela com o bisturi e estupra cada um dos buracos. Tira os globos oculares da princesa e estupra as órbitas. Depois mata a princesa, faz uma autópsia, tira fotos, e lança um álbum cuja capa é uma das fotos.

DOOM METAL:
Chega no castelo, olha o tamanho do dragão, fica deprimido e se mata. O dragão come o cadáver do protagonista e depois come a princesa.

WHITE METAL:
Chega no castelo, exorciza o dragão, converte a princesa e usa o castelo para sediar mais uma "Igreja Universal do Reino de Deus".

NEW METAL:
Chega no castelo se achando o bonzão e dizendo o quanto é bom de briga. Acha que é capaz de vencer o dragão, mas perde feio e leva o maior cacete. Foge e encontra a princesa. Conta para ela sobre a sua infância triste. A princesa dá um soco na cara dele e vai procurar o protagonista Heavy Metal. O protagonista New Metal toma um prozak e vai gravar um disco "The Best Of".

ROCK'N'ROLL CLÁSSICO:
Chega de moto fumando um baseado e oferece para o dragão, que logo fica seu amigo. Depois acampa com a princesa numa parte mais afastada do jardim e, depois de muito sexo, drogas e rock'n'roll, tem uma overdose de LSD e morre sufocado no próprio vômito.

PUNK ROCK:
Joga uma pedra no dragão e depois foge. Pixa o muro do castelo com um "A" de anarquia. Faz um moicano na princesa e depois abre uma barraquinha de fanzines no saguão do castelo.

GRUNGE:
Chega no castelo e tem uma overdose de heroína.

PROGRESSIVO:
Chega, toca um solo virtuoso de guitarra de 26 minutos. O dragão se mata de tanto tédio. Chega até a princesa e toca outro solo que explora todas as técnicas de atonalismo em compassos ternários compostos aprendidas no último ano de conservatório. A princesa foge e vai procurar o protagonista Heavy Metal.

HARD ROCK:
Chega em um conversível vermelho, com duas loiras peitudas, tomando Jack Daniel's. Mata o dragão com uma faca e faz uma orgia com a princesa e as loiras.

GLAM ROCK:
Chega no castelo. O dragão ri tanto que quando o vê o deixa passar. Ele entra no castelo, rouba o hair dresser e o batom da princesa. Depois a convence a pintar o castelo de rosa e a fazer luzes nos cabelos.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Pobre Tyler!

Steven Tyler levou um tombo bonito em um show realizado ontem nos Estados Unidos. Parece que lesionou cabeça, pescoço e um dos ombros.

Não se pode negar que a cena é hilária. Por que será que a raça humana se diverte com coisas que seriam classificadas como tristes?



=)

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Franz Liszt

Hoje faz 123 anos que o mundo perdeu o maior compositor para piano que já existiu.

Enjoy.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

Trilha sonora da manhã


Um dos meus discos favoritos do gênero.


quinta-feira, 16 de julho de 2009

Leave me alone, you sick people.

domingo, 5 de julho de 2009

"A grande peça que a biologia prega nas pessoas é que a gente já é íntima antes mesmo de saber alguma coisa a respeito da outra pessoa. No primeiro momento, já entendemos tudo. Um é atraído pela superfície do outro no início, mas também intui a dimensão mais profunda. E a atração não precisa ser equivalente: ela se sente atraída por uma coisa, você por outra. É a superfície, é a curiosidade, mas então, pum!, a dimensão profunda."

- Philip Roth ("O Animal Agonizante").

sexta-feira, 3 de julho de 2009



Sinto-me péssima: bronquite e rinite bombando. Culpa do ambiente enfumaçado do Ocidente. Chuif.


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Leaving comfort zone


Parece que a clausura interna está começando a ceder, e nem sei direito por quê. Não preciso saber o motivo, acho. É algo a ser comemorado? Creio que sim. A necessidade de tomar certas precauções é questão que ainda enseja zilhões de dúvidas, e a premência de viver certas coisas ao menos sem tantas amarras me causa certo pavor, devo admitir. Não me conheço sem essas ressalvas. De todo modo, certo é que nunca tiveram muita serventia. Maybe it is time to push the F button.


terça-feira, 30 de junho de 2009

Alívio

Junho acabando.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

"Why was I born with such contemporaries?"





quinta-feira, 25 de junho de 2009

Heavenwalking





Jacko, at his best, was the best.

Preferências calculadas

Descobri um site que ajuda a tomar decisões. É muito simples e divertido. Os palpites são fundamentados nas respostas que damos a perguntas feitas na home da página, pela transformação destas informações em algoritmos. Tem de tudo: que disco ou que amplificador de guitarra comprar, que roupa vestir, que número da sorte escolher.

O endereço é www.hunch.com. Vicia.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

segunda-feira, 22 de junho de 2009

De Accept a ZZ Top


Hoje, dando uma voltinha pela Livraria Saraiva do shopping Praia de Belas após o almoço, achei um livrinho muito legal.

Trata-se de "The Rough Guide to Heavy Metal", escrito por Essi Berelian e lançado pela editora americana Rough Guides, ainda sem versão no Brasil. Paguei menos de R$ 48,00, uma barbada pelo que o guia traz.

Recomendo pelo seguinte: o autor lista mais de 300 bandas do gênero com biografias breves e bem-humoradas, indica os melhores discos, tenta explicar que som as bandas fizerem e fazem. E o mais divertido: boxes sobre variados assuntos. Alguns: Better Than The Movie (trilhas sonoras), Bizarre Cover Versions, Metal Ballads, Ten Top Live Albums, Top Guitar Solos, Top Riffs, Metal Movies, AOR, Concept Albums, Glam Metal, etc. Tem até um box com piadas sobre bateristas. XD

É mais um guia sobre rock pesado - o tema heavy metal está bastante elastecido na lista de bandas. Tem de tudo: AC/DC, Iron Maiden, Faith No More, Cannibal Corpse, Poison, Skid Row, Alice Cooper, Danzig, Ratt, Jane's Addiction, Ramones, Michael Schenker, The Darkness, The Wildhearts, Nirvana, Smashing Pumpkins, Rammstein, Soulfly, e até (rá!) W.A.S.P.

So what is it heavy metal anyway?

O autor diz que, if you were to ask the venerable Lemmy what kind of music Motörhead plays, he would fix you with a beady eye and tell you in no uncertain terms that it's all just rock'n'roll, which goes to show how perceptions of genres can differ. (...) With such a head-spinning confusion of bands, genres and possibilities it's very tempting simply to do as Lemmy does and just think of it all as rock'n'roll. After all, he should know - he was there when it all started.

quinta-feira, 18 de junho de 2009

W.A.S.P.*



Gosto mutcho.

O vídeo é cômico, mas é sonzeira pura. Admito que gosto da parte em que é ateado fogo ao letreiro. Além do mais, todo mundo sabe que o hard precisa de bons clichês. E eu não tenho nada contra clichês, como se pode notar.
Ah, se os comentários deste blog estivessem abertos... Haha.

"I'm a wild child, come and love me, I want youuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu..."

________________________________________________

* W.A.S.P.: A banda nunca explicou a sigla, e por isso há muitas teorias. Gosto mais de We Are Sexual Perverts, porque é engraçado - e é hard! XD

sábado, 13 de junho de 2009

Que droga, perdi o último álbum do anti-hambúrguer Morrissey em algum lugar do HD. Tá valendo comprá-lo, e é o que farei.

Que droga, perdi "Cem Anos de Solidão" em algum lugar nas minhas últimas mudanças de apartamento. Tá valendo a recompra, e é o que farei.

Moda passageira?

Este vídeo é lindo, a música é linda e a voz do Dave Gahan é a mais perturbadora de todas.



Eu tenho essa coisa com sons, com música. Quando saio com alguém reparo muito na voz e na mão do sujeito - são itens non-negotiable.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Feriadão

E eu mereço esse descanso. Eu até trouxe um pouquinho de trabalho braçal pra fazer, mas isso não vai alterar a felicidade em que meu ser se encontra. =)

Saindo do escritório, comi minha torrada com café com leite na padaria de sempre e depois rumei à locadora. Saí munida com os seguintes títulos:

- Elizabeth (dã, ainda não vi -é o com a Cate Blanchett)
- O último bandoneón (documentário sobre tango)
- O quarto do filho
- Meu irmão é filho único
- As aventuras de Erik, o Viking (Ragnarok!)
- Um dia muito especial (esse mesmo, do Ettore Scola)

Tenho até a segunda-feira para assistir.

***

Rendi-me ao twitter. Não sei bem para que serve, mas tenho tantos amigos usando que resolvi testar.
twitter.com/remindertoself

***

That's all for today, folks. Vou ali torcer para que o Nilmarzinho não se machuque. E dane-se a CBF. =]

"What are you doing?"?

To twit or not to twit, that is the question.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Jetboy

Apesar do vídeo de gosto discutível, é uma excelente banda.


domingo, 7 de junho de 2009

Existencialismo?

Esses dias li "O Estrangeiro", que estava na minha lista de leituras urgentes havia certo tempo (ainda que isso possa soar contraditório...). Ia lendo e digerindo. Parava para digerir um pouco melhor, e continuava. A partir de um certo ponto, a leitura tornou-se mais rápida que a do início da obra - procurava um sopro de esperança nas palavras de Camus, mas ele não veio.

Em contrapartida, folheando as Memórias Póstumas encontrei o seguinte alento*:

"Trata de saborear a vida; e fica sabendo que a pior filosofia é a do choramingas que se deita à margem do rio para o fim de lastimar o curso incessante das águas. O ofício delas é não parar nunca; acomoda-te com a lei, e trata de aproveitá-la."

- Machado de Assis

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*puxão de orelha

sexta-feira, 5 de junho de 2009

The Church

Não resisti à frase do post anterior porque é uma das minhas prediletas em se tratando de letras de músicas.

E ela segue igualmente bonita. Tem uma parte que eu quase sempre (ou sempre que posso) canto aos berros, apesar de a música não se prestar a isso. Canto com a autopermissão de uma pequena adaptação:

Wish I knew what I was looking for
Might have known what I would find
Wish I knew what I was looking for
Might have known what I would find

Chegando lá, chegando lá.

Agora chega de frases prontas. Tenho umas coisas para escrever aqui, farei-o logo mais (estômago roncando impedindo).
"It leads you here, despite your destination."

quinta-feira, 28 de maio de 2009

segunda-feira, 25 de maio de 2009

Camus

"You will never be happy if you continue to search for what happiness consists of. You will never live if you are looking for the meaning of life."

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Quote time



Quem me conhece sabe que sou fã até debaixo d'água do sujeito que escreveu o que segue:


"There are only two tragedies in life: one is not getting what one wants, and the other is getting it.”

- Oscar Wilde.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

Nada vai nos separar (II?)

Muitas coisas bacanas acontecendo.

Na semana passada, estive em Venâncio para o aniversário de 60 anos do tio Eldo. Foi um festão. Fazia tempo que não via algumas pessoas, foi muito bom pôr a conversa em dia. Minha mãe era, de longe, a mais animada da festa - ninguém conseguia tirá-la da rodinha de dança. Minha dinda, com joelho estourado e tudo, também requebrou até o final da festa. Também teve Erasure e valsa com meu pai. Comida e sobremesa deliciosas. Mico de bebum e muuuuuitas gargalhadas. Foi a primeira vez que não me irritei com nada, nem com a criançada gritando no microfone querendo cantar música sertaneja.

Com os anos de terapia aprendi a superar a dependência emocional e a aproveitar de verdade os finais de semana na casa dos meus pais. Vou porque gosto (deles, do meu cachorro, da comida, da minha cama, de ver futebol, de ver F1 com meu pai, de tomar chimarrão antes do almoço e no fim da tarde, do churrasco - hm, e que churrasco!). Vou porque quero aproveitá-los enquanto posso. Em certo ponto da vida, sua efemeridade começa a ficar mais e mais evidente. É a ordem natural das coisas (que costumava me apavorar, mas que já não aparenta tanta monstruosidade), e ter consciência disso empresta mais qualidade a esses momentos.

Na volta a Porto Alegre, festa anos 80 com amigos, música boa (e pista melhor ainda), mais gargalhadas e uma "pequena" ressaca na segunda-feira. [Faltou tu, Mi!]

No meio da semana, tombo em meio a uma sessão de julgamento no TRT. Com toga e tudo. Ok, não foi exatamente "bacana", mas foi engraçado e é inesquecível. ;)

Fora isso tudo, outras coisas bacanas: alimentação e exercícios em dia, consultas médicas e exames updated, pessoas novas e legais, mais um filme 3D, Carol e Júlia, terapia em grandes avanços. Ah, e o evento do fim-de-semana: o centenário da única - até hoje - paixão perene na minha vida e respectivo almoço comemorativo, que promete ser memorável (pela companhia e pela organização). E mais: um imprevisto (...) Grenal no Beira-Rio, com torcida também por um belo pôr-do-sol.

Pergunta de final de post: qual foi a última vez que você fez algo pela primeira vez?

quinta-feira, 19 de março de 2009

That was then. This is now.

Vontade de dizer um montão de coisas. Preguiça também. Não vou fazer isso porque tenho certeza de que alguns amigos iriam pessoalizar a questão toda, e não quero que isso aconteça de novo. Então, deixarei o desabafo para as sessões de terapia, o que é bem mais eficaz.

Mas como é sacal ser prejulgado. E irritante. Também é quase impossível não prejulgar - é automático. Talvez seja útil questionar se não foi o caso de eu passar exatamente a mensagem que agora me irrita tanto...

Tá difícil de escrever, há muitas sensações desorganizadas me desconcertando. Mas já tenho um plano para pôr tudo em ordem.

...


O trecho abaixo é excerto de um texto que adoro, The Awakening. Possivelmente o mundo todo já o recebeu por e-mail, mas não faz mal. Gosto de dar uma passada de olhos nele de vez em quando. Não postei o texto integral porque tem mais de duas páginas, duvido que alguém leria tudo - mas devo dizer que todas as partes são igualmente bacanas.

Sorte de quem se prestar a ler.


"A time comes in your life when you finally get it... When, in the midst of all your fears and insanity, you stop dead in your tracks and somewhere the voice inside your head cries out ‑ ENOUGH! Enough fighting and crying or struggling to hold on. And, like a child quieting down after a blind tantrum, your sobs begin to subside, you shudder once or twice, you blink back your tears and begin to look at the world through new eyes. This is your awakening.

You realize it's time to stop hoping and waiting for something to change... Or for happiness, safety and security to come galloping over the next horizon. You come to terms with the fact that neither of you is Prince Charming or Cinderella and that in the real world there aren't always fairy tale endings (or beginnings for that matter) and that any guarantee of "happily ever after" must begin with you... And in the process a sense of serenity is born of acceptance.

(...)

You stop complaining and blaming other people for the things they did to you (or didn't do for you) and you learn that the only thing you can really count on is the unexpected. You learn that people don't always say what they mean or mean what they say and that not everyone will always be there for you and that it's not always about you. So, you learn to stand on your own and to take care of yourself... And in the process a sense of safety and security is born of self‑reliance.

(...)

You learn that principles such as honesty and integrity are not the outdated ideals of a bygone era but the mortar that holds together the foundation upon which you must build a life. You learn that you don't know everything, it's not your job to save the world and that you can't teach a pig to sing.
You learn to distinguish between guilt and responsibility and the importance of setting boundaries and learning to say NO. You learn that the only cross to bear is the one you choose to carry and that martyrs get burned at the stake. Then you learn about love. How to love, how much to give in love, when to stop giving and when to walk away. You learn to look at relationships as they really are and not as you would have them be. You stop trying to control people, situations and outcomes.
And you learn that alone does not mean lonely. You also stop working so hard at putting your feelings aside, smoothing things over and ignoring your needs. You learn that feelings of entitlement are perfectly OK.... And that it is your right to want things and to ask for the things you want... And that sometimes it is necessary to make demands. (...)"


- autor desconhecido

terça-feira, 17 de março de 2009

Blergh big time

Não sei que palavras eleger para descrever meu estado de espírito atual. Estou cansada das coisas de sempre (acho que disse isso recentemente...), sem paciência para nada (idem). Nem aos filmes que alugo tenho ânimo para assistir.

Voltei a fazer exercícios, e em vez de me sentir melhor (como todos prometem), só me sinto mais cansada. A habitual expectativa em relação às festas de sexta, sábado e às vezes domingo há tempos não aparece no curso da minha semana. O desafio é não descontar nos meus cereais de chocolate com leite gelado...

Estou cansada das pessoas que só me procuram para falar de si próprias, ou só quando estão solteiras. Também quero ser um pouco egoísta.

Das outras vezes em que estive em situação parecida (obviamente, não é a primeira vez), senti-me confortável. Fiquei na minha, esperando a fase passar para então voltar aos costumes. Desta vez, existe uma sombra de culpa por estar tão inerte. Aí a coisa fica feia...

Não tenho ideia do que fazer agora. Na verdade, estou fazendo tudo que sempre fiz... Então por que essa sensação de não estar fazendo nada?

Vai passar, vai passar. :)

quinta-feira, 5 de março de 2009

quarta-feira, 4 de março de 2009

:T

Que mormaço. Queria que esquentasse.

terça-feira, 3 de março de 2009

Suzy is a headbanger

Curada da gripe, providenciei uma dor no pescoço daquelas beeeeeem boas. Verdade.

Ontem pude assistir novamente ao Deep Purple, agora no Teatro do Bourbon Country - lugar ótimo para shows. Concluí que o Gigantinho sonegou boa parte da qualidade da banda em razão da péssima acústica. Ontem foi diferente, ouvia-se tudo, uma beleza. Desnecessário dizer que uma banda composta por Roger Glover (de quem apanhei uma palheta!), Steve Morse, Ian Paice, Ian Gillan (apesar da tosse) e Don Airey só pode ter feito um show maravilhoso. Pô, rolou Sometimes I Feel Like Screaming, que é de matar...

Como disse, não vou me alongar em comentários sobre o show. Queria apenas repetir o registro feito anteriormente (por ocasião do show do Ted Poley com Andy Timmons): como é bom sair de um show cansada, em estado de graça - mesmo com o pescoço dolorido. E em plena segunda-feira! Demais.

Não posso esquecer de agradecer ao Codevilla, que me deu "o" ingresso de presente! O preço estava salgado para os padrões porto-alegrenses (e principalmente para os meus!). Obrigada, querido! :)

Abaixo fotos do show, lindonas como todas que o Codevilla faz. Check http://www.flickr.com/photos/codevilla.










quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Manhê

Quando se está numa fase de ostracismo e não se quer pôr o nariz para a rua (eu mesma tenho vários momentos assim durante o ano), até que uma gripezinha não é o fim do mundo. O problema é que eu estou a fim de fazer um zilhão de coisas, e meu corpo não me obedece! Raios.

Tudo bem, essa fase (de mau-humor, gripe, preguiça, impaciência, etc.) vai passar. Puxa, e vejam que eu fiz a tal vacina antigripe no ano passado... Hm, talvez estivesse ainda pior.

Está tudo tão bem, tantos planos na iminência de sua execução, e me aparece essa gripe. Injusto!

Chega de autopiedade (ai, que dor de cabeça).

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Beginning with the end

Podem assistir sem receio, não é propriamente um spoiler. É apenas a introdução de Apocalypse Now (cuja trilha é The End, dos Doors), comentada no post anterior. De arrepiar.

A resolução não é nenhuma maravilha - vejam o filme.



Consta que Jim Morrison cursou a escola de cinema da UCLA, onde conheceu Coppola.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Gosma time

Na locadora que fica aqui pertinho de casa tem uma promoção que me convenceu a retirar cinco filmes de uma só vez. Os escolhidos foram:

1. Quando fala o coração ("Spellbound") - um Hitchcock em preto e branco. Delícia de filme, mas um pouco fora do suspense típico do insuperável super-duper melhor diretor de todos os tempos. Destaque para a sequência do sonho desenhada por Dalí (postei o trecho em questão no orkut). Ah, tenho um ímã de geladeira do Dalí...

2. Crepúsculo dos Deuses ("Sunset Boulevard") - mais um em preto e branco. Filme de Billy Wilder com grandes atuações. Recomendo.

3. Cidadão Kane - para ser revisto sempre. Há algumas críticas que dizem se tratar de um dos filmes mais superestimados de todos os tempos. Sem dúvida é um filme grandiosíssimo e, na opinião de quem pouco entende do assunto (eu, portanto), o mais bacana fica por conta das técnicas de fotografia empregadas: a imagem inteira está em primeiro plano, o espectador pode escolher onde quer se fixar. Senti um pouco de falta de aprofundamento dos personagens (sim, essa é só a minha opinião, não me apedrejem). Ah, tenho um ímã de geladeira do Cidadão Kane...

4. Apocalypse Now Redux - obra-prima reeditada pelo amado Coppola. Ainda não tinha visto esta versão. E estou até agora abobalhada com o fato de os meus pais (meu pai, vá lá, mas a minha mãe... realmente surpreendente) terem aguentado 3h22min non-stop ao meu lado. Marlon Brando pouco aparece, mas toma o filme. A cena inicial (ao som de The End, dos Doors) é de arrepiar, assim como a do ataque aéreo sonorizado pela Cavalgada das Valkírias.

O quinto filme (que, aliás, acabei de assistir) é... tah-dah: A Mosca. Sim, esse mesmo, cujo protagonista se transforma numa mosca graças a uma mal sucedida experiência de teletransporte.

A fita é uma nojeira só, bem ao estilo David Cronenberg (falamos da refilmagem). Eu tinha certeza de que não ia gostar, mas decidi ver, "afinal, é um clássico". E tinha mais um contra: nunca gostei do Jeff Goldblum. Por esse lado foi bom, porque continuo não gostando dele, mas agora posso chamá-lo de "A Mosca". :)

O interessante a respeito do filme é que ele consegue ser muito romântico: é, de fato, um monumento ao amor incondicional. Juro!

* * *

Ok, já escrevi bastante. Não sou dada a criticar filmes - nem tenho tal pretensão. Só sei gostar, não gostar ou achar meia-boca. Mas acho que essas impressões podem ser especialmente interessantes se eu mesma as ler daqui a algum tempo...

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

O blog está parado, eu sei. Voltaremos em breve! :)

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

The dumbest generation (ou "Neverland")

Quando eu era adolescente, todo mundo queria virar adulto a qualquer custo, o quanto antes.

Hoje é o contrário: os pertencentes à faixa etária próxima à minha fazem questão de continuar sendo adolescentes pelo maior tempo possível. Quite sad. Pára o mundo que eu quero descer.

* * *

Enfim, tudo no seu devido lugar.

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

"Consciência da morte"

Tenho o hábito de ir até uma padaria aqui perto de casa tomar meu café com leite (ou um suco de laranja nos dias mais quentes) e ler algo que esteja à disposição. Ontem peguei uma revista (dessas de distribuição gratuita) e um determinado artigo chamou minha atenção. Falava sobre o tabu que é conversar sobre a morte.

O excerto sustentava, dentre outras coisas, que as pessoas seriam muito mais felizes (porque se esforçariam em viver mais intensamente) se tivessem plena consciência de que, inexoravelmete, a morte chegará - para nós e para as pessoas mais próximas, e talvez sem prévio aviso.

De minha parte, posso dizer que este está bem longe de ser um dos meus assuntos favoritos. É mais uma das coisas que não podemos controlar.


"My wallpaper and I are fighting a duel to the death. One or the other of us has to go."